segunda-feira, 5 de julho de 2010

O legado que fica após a copa do mundo

Autoridades brasileiras e muitos cabeça de ave, enchem a boca para falar do legado que a copa do mundo de foot-ball (leia-se torneio de mata-mata)vai deixar para o Brasil (leia-se povo brasileiro).

Veja o legado da África do Sul:
Extraído do site IG, Esporte, Copa 2010.

Após a Copa, estádios da África do Sul devem dar prejuízo

"Alguns desses estádios simplesmente não poderão cobrir despesas. Por isso, trarão prejuízos", disse o economista Stand du Plessis


Dentro de uma semana termina a Copa do Mundo, o capitão da seleção vencedora levantará a taça, os fogos de artifício brilharão no céu, a Fifa deixará a África do Sul e o país se perguntará o que serão desses estádios que receberam investimentos milionários para o torneio. Dez estádios em nove cidades, quatro deles reformados e outros seis construídos especialmente para a Copa, alguns deles em cidades que nem sequer contam com uma equipe na elite do futebol ou do rúgbi nacional.

"Alguns desses estádios simplesmente não poderão cobrir as despesas. Por isso, trarão prejuízos", indicou no mês passado ao diário "Mail & Guardian" o economista Stand du Plessis, da Universidade de Stellenbosch. O Governo sul-africano destinou US$ 2,6 bilhões para as obras dos estádios. Dois desses palcos, o de Nelspruit e o de Polokwane, foram feitos apenas para abrigar partidas da fase de grupos, um gasto desnecessário para vários analistas.

"Se eu estou batalhando em uma grande cidade, não quero nem pensar no que estão fazendo meus colegas em Polokwane e Nelspruit", assinalou Mike Sutcliffe, o administrador do estádio de Durban, um dos recintos mais custosos entre os construídos para os jogos de mata-mata. O que estão fazendo, dizem os próprios interessados, é se preparar para organizar um calendário de atividades, como shows e eventos esportivos internacionais, que compensem a construção dos recintos, denominados pelos anglo-saxões de "elefantes brancos".

Somente o estádio de Polokwane, na província de Limpopo, uma das mais pobres do país, deve exigir cerca de US$ 2 milhões anuais em manutenção, um número colossal para uma região extremamente carente de serviços básicos, como a educação. A Cidade do Cabo apresentou um estádio espetacular que custou mais de US$ 400 milhões, mas, segundo a imprensa sul-africana, a construção obedeceu mais a um capricho da Fifa, e concretamente de seu presidente, Joseph Blatter, que às necessidades da cidade, que já contava com estádios perfeitamente aptos ao torneio.

O estádio de Port Elizabeth custou US$ 160 milhões e ninguém sabe qual será seu futuro após a Copa. A cidade procura atrair alguma equipe profissional para transformá-lo em reduto, mas dificilmente poderá ser compensado somente por shows.

A África do Sul prometeu organizar a melhor Copa da história, uma ambição dificilmente de acordo com as opiniões dos turistas, e para isso, não pensou duas vezes na hora de investir em instalações tão belas quanto custosas. Segundo o economista Stan du Plessis, apenas os estádios de Durban e de Soweto (o Soccer City) serão rentáveis a longo prazo. Os demais serão deficitários e inúteis, uma previsão que poucos quiseram levar em conta antes do Mundial, mas que começa a preocupar os sul-africanos.

Opinião do Zé Colmeia:
-Aqui no Brasil alguns serão bem agraciados com esse tal de legado, haja meias, cuecas, bolsas, mensalões e panetones. E os cabeça de ave? Paga a conta otário.

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